Machismo II (desabafo)

Ontem fui buscar meu carro no conserto e tive uma surpresa: o valor estava R$ 300 mais caro do que tinham falado para o meu irmão por telefone. Eu disse que aquilo era um absurdo, e o dono do lugar me chamou de moleca e disse que não ia tratar comigo, pelo fato de eu ser mulher.

É incrível como, em pleno séc XXI, algumas pessoas ainda conseguem ter o cérebro do tamanho de uma ervilha. Fiquei revoltadíssima com a situação! Aí sim eu briguei com o cara, disse que ele não pode me julgar pela aparência (convenhamos, eu pareço mais nova do que realmente sou).

Então eu falei com o meu irmão, que foi até lá me ajudar e mandou eu ir na Delegacia da Mulher. Quando disse isso, me deu um aperto no coração! Eu precisava ser defendida de uma discriminação que existe, mas que deveria estar, no mínimo, Eu sempre fui tratada igual a meu irmão, mas, no final das contas, sou diferente dele.escondida embaixo do tapete.

Naquela hora veio tanta coisa na minha cabeça! Eu sempre fui tratada igual a meu irmão, mas, no final das contas, sou diferente dele. Sou do “sexo frágil”, tenho até delegacia própria! É claro, já fui defendida outras vezes, mas foi por outros motivos: ou porque estava ansiosa, ou porque estava doente, ou, simplesmente, porque estava certa. Essa de precisar de ajuda por ser mulher é nova pra mim…

15 Dicas para Conquistar um Cara Legal

…ou “Como arranjar um Namorado”

Ultimamente, tenho visto várias amigas reclamarem que não encontram um cara legal para namorar. Eu, particularmente, já consegui conquistar o meu, e não deixo ele escapar de jeito nenhum! Para você, moça solteira, que procura um rapaz bonito, simpático e inteligente para compartilhar seus dias, eu tenho 15 ótimas dicas:

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Poema: Na Segurança da Solidão

Instalada quando minha irmãzinha Luana nasceu, a redinha na janela do meu quarto sempre me incomodou. Parecia que minha visão do mundo exterior estava comprometida por aqueles fios brancos entrelaçados. Em frente à janela desce o telhado que cobre a varanda lá embaixo, e eu sempre gostei de sentar ali e admirar a cidade, algo que há anos não faço. Ou melhor: não fazia!

A Luana já está com seis anos, e a redinha foi removida. Fiquei tão feliz, que sentei mais uma vez na janela! Os sons da cidade são incríveis! Carros passam na avenida aqui perto, cachorros latem uns para os outros, alguém liga o som bem alto em um lugar qualquer. Isso tudo misturado ao canto das cigarras e outros bichos noturnos. Depois de um dia agitado, e de encarar o stress do trânsito, eu faço silêncio para identificar os mais variados sons. Com tudo isso, acabei escrevendo:

 

Na Segurança da Solidão

(por Karen Soarele)

Cidade é o caos
e eu aqui
Na segurança da solidão;

Ninguém me ouve,
ninguém me vê
Minha existência ignorarão.

Os carros correm,
pessoas correm,
e aqui eu ando bem devagar;

Na segurança
da solidão
só eu mesma posso me machucar.

Na noite adentro,
na escuridão,
na segurança da solidão.

Menina de Vinte: Recomendo!

Menina de Vinte, Sophie Kinsella

Passeando por uma Laselva qualquer, encontrei este livro por acaso e decidi comprar. Confesso: comprei pelo título. Também pela sinopse no verso, que dizia se tratar da história de uma garota de vinte e poucos anos, que vê uma fantasma também de vinte e poucos anos, mais ou menos a mesma idade que eu. Mas o título me enganou! Na verdade, o fato de as protagonistas terem essa idade é o de menos. “Garota de Vinte” não fala sobre uma garota de vinte, mas sobre uma garota assombrada pelo fantasma de sua tia, uma mulher que viveu o auge de sua juventude na década de 20. Ufa! É uma história e tanto!

As personagens são incríveis, o texto é bem escrito, a história é ótima e se desenrola de maneira surpreendente! Tudo é bem amarradinho, sem pontas soltas, tudo o que acontece na história tem um motivo, e você vai entender tudo no final. Além disso, dei muitas risadas o tempo todo! Sadie, a fantasma, é simplesmente maluca! Ela tem uma personalidade muito forte: fala sobre uma garota assombrada pelo fantasma de sua tia, que viveu na década de 20sempre quer tudo do jeito dela, nem que tenha que torrar muito a paciência para conseguir. O motivo de estar assombrando sua sobrinha, Lara Lington, é querer de volta um colar que foi dela por 75 anos, mas desapareceu há décadas! Apesar de ter morrido com 105 anos, sua forma fantasma tem vinte e poucos, que é como ela se sentiu a vida toda, como ela era por dentro. Adora dançar Charleston, e acaba obrigando Lara a aprender.

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Antiga Agenda Escolar

História da minha primeira ilustração que recebeu reconhecimento

Era 1997, eu estava na terceira série de uma escola pública de Brasília, chamada Escola Classe 316 Norte. Em um dia de excursão com a escola, eu esqueci de levar minha autorização assinada pelos pais, e me mandaram para uma sala cheia de crianças na mesma situação. Enquanto todos os outros foram passear, nós ficamos na escola fazendo uma atividade.

A proposta da atividade era expressar um desejo, através de uma frase e um desenho. Minha dupla foi a Fernanda Oliveira, nós misturamos desenho à lápis, pintura Em 1998, todos os alunos da escola tinham uma agenda com meu desenho estampadocom tinha guache e colagem de cartolina colorida para ilustrar nossa frase: “Desejamos ver o mundo inteiro feliz e com muito amor”.

Naquela época, era obrigatório o uso da agenda da escola. Geralmente a capa vinha com uma foto da fachada, mas naquele ano a diretora decidiu inovar. Ela pediu todos os desenhos da aula de artes e escolheu um. Adivinhe qual? Isso mesmo! Em 1998, todos os alunos da escola tinham uma agenda com meu desenho estampado! Esquecer a autorização nunca foi tão proveitoso…

Passados 13 anos, fui visitar minha avó, e o que ela me deu? Um exemplar dessa agenda, novinho em folha! Vou guardar com carinho…

Han Solo VS Capitão Kirk

Han Solo VS Capitão Kirk: Quem venceria?

Essa pergunta foi feita durante o Nerdcast 248 – A batalha dos crossovers, e não poderia ficar sem resposta. Azaghal, sagaz como sempre, tem sua opinião formada: ele diz que a batalha termina com Han Solo fazendo um cuecão no Capitão Kirk. Eu concordo, e decidi ilustrar a situação!

Minhas Memórias: Recomendo!

Minhas Memórias, Isidoro Allegrini Bertoli

Este livro é um pouco diferente dos que eu já comentei. Ele é uma autobiografia do meu padrinho, Isidoro Allegrini Bertoli. Não foi publicado por uma grande editora, mas não perde em nada para qualquer livro que tenha sido. Algumas pessoas podem dizer que para mim o livro é bom unicamente porque eu o conheço, mas estão erradas. Meu padrinho tem 92 anos, está doente e mora longe; nunca conversei direito com ele. Eu mal o conhecia, até ler o livro.

O livro nos transporta para um Paraná no coração do século XX, com suas cidadezinhas, sua capital e suas fazendas, na época em que as crianças conheciam todos os vizinhos da rua pelo nome. Logo no início, sua mãe, grávida, é assassinada pelo padrasto, que se suicida em seguida. Tudo isso na frente do meu padrinho, que na época tinha apenas 4 anos, mas se lembra claramente da cena até hoje. […] na época em que as crianças conheciam todos os vizinhos da rua pelo nome.Apesar do início trágico, a história logo toma um ritmo mais alegre, com sua infância em Curitiba, mudanças e realizações.

É quando ele se torna homem que a história fica mais impressionante, e em alguns momentos até engraçada. Depois de uma intensa passagem pela faculdade, ele se torna dentista e vai morar em Mamborê. Lá, apesar de sempre repetir que ele era dentista, e não médico, era chamado para resolver parto, unha encravada, problemas de bexiga, bebedeira… O que muitas vezes resultava em boas histórias! Vou copiar aqui um pedacinho, em que ele narra um desses casos:


“Numa madrugada o filho do Sr. Pernambuco me acordou para atender a mulher do Padeirinho, dizendo:
– Doutor, a mulher do Padeirinho está para dar à luz e não está passando bem.
Eu respondi:
– Não sou médico; eu entendo de boca e de dente.
Ele afirmou:
– É que ela está desde as 4 horas de ontem e a criança não nasce.
Exclamei:
– O quê?! Desde as 4 horas de ontem, já é madrugada, eu vou vê-la!
Cheguei lá. Nos pés da cama estavam sentadas duas atendentes pitando, o quarto todo fechado, uma fumaceira total. Mandei abrir as janelas. A mulher com dois travesseiros por baixo das pernas, uma calamidade. Eu disse:
– A criança vai nascer pela boca. Tirem esses travesseiros!
A mulher com o nariz já afilado e branca. Chamei o marido e disse:
– Vá já falar com o Sr. Doca e leve imediatamente sua mulher para o hospital em Campo Mourão, e que seja atendida urgente, senão ela morre!
Foi o que ele fez. A criança estava atravessada, de nádegas. O médico reverteu e o menino logo nasceu. Em minha homenagem, deu-lhe o meu nome: Isidoro. Deve existir, por lá, em alguma parte, um cidadão de nome Isidoro.”

Mas não apenas de histórias de dentista é feita esta autobiografia. Ela é salpicada de conflitos sociais, devido à sua ideologia marxista e atéia; e falcatruas, presentes e incômodas na vida de qualquer um. É fazenda que o Governo “desvende”, é hospital que desaparece… Histórias que, muitas vezes, nunca receberão uma explicação. Histórias incríveis, que só podem ser contadas por quem as viveu.

Este livro não está à venda nas livrarias, mas eu tenho algumas cópias e, caso alguém tenha interesse, ficarei feliz em disponibilizar.


Aniversário de 90 anos de Isidoro Bertoli

Por que Karen Soarele?

Digite “Karen Soares” no Google, e você encontrará 975.000 resultados. Com aspas, 10.300. É Karen Soares pra dedéu! Até mesmo “Karen Isabelle Soares” tem uma enxurrada de resultados, além de ser compriiiido… Decidi que preciso ficar mais “encontrável”, para isso, precisaria de um novo nome. Soares + Isabelle = Soarele.

Karen Soarele: Um nome simples e compacto, que não vai me descaracterizar. Novo e único. Em romeno significa Sol. Perfeito para mim, que sou uma pessoa enérgica, sempre de bom humor! No Google, aparecem apenas 8 resultados, todos dizem respeito a mim. Objetivo alcançado! Espero que gostem. 🙂

Um casal de namorados

Pra falar a verdade, não é “um” casal de namorados, mas “o” casal de namorados. Eu, como todo bom ser humano, egocêntrico que é, também não poderia deixar de me desenhar de vez em quando!

Nestes cinco anos de namoro, já desenhei nós dois juntos diversas vezes, de variadas formas. Veja alguns dos desenhos:

Julho/2008

Este eu desenhei à mão, finalizei com caneta nanquim, digitalizei e colori no Photoshop. Um desenho à tõa, que acabou virando um ótimo presente de dia dos namorados! Fiz um sketchbook, com este desenho impresso na capa e dei para o Luís. Ele adorou!

Maio/2010

Este já foi premeditado! O sucesso do primeiro sketchbook foi tanto, que o Luís insistiu pra que eu fizesse mais um. Dessa vez, fiz um pra ele e um para mim. A ideia foi a seguinte: dois cadernos com uma única imagem de nós dois que, assim como nós próprios, só fica completa quando estamos juntos!

Este eu desenhei à mão, finalizei com caneta nanquim, colori com aquarela. Depois, digitalizei e inseri uma imagem no fundo.

Agosto/2010

Este eu desenhei à mão e logo digitalizei. No Ilustrator, redesenhei tudo de novo, por cima, em vetor. Por fim, colori no próprio Ilustrator. Este nós usamos nos nossos cartões de visita!

É isso! Aguarde novos desenhos desse casal.

Perseverança


per.se.ve.ran.ça
sf (lat perseverantia) Qualidade de quem persevera; constância, firmeza, pertinácia. Antôn: inconstância. (www.michaelis.uol.com.br)


Apesar de muitas vezes não parecer, perseverança é uma palavra forte. Para mim, ela soa forte. É uma forma de esperança, mas não a de quem espera de braços cruzados; se possível, sentado. É o equilíbrio perfeito entre fé e ação.

Eu sou uma sonhadora. Não no sentido pejorativo da expressão, eu sou uma pessoa que sonha com um futuro de realizações. Realizações, estas, possíveis de serem alcançadas, mas que exigem certo esforço. É por isso que, quando me perguntam a quantas andam meus projetos, eu logo digo que estou sendo perseverante.

Um desses projetos, quem me conhece já sabe, é terminar de escrever e publicar meu livro de aventura infanto-juvenil. Ao ouvir isso, alguns abrem logo um sorriso e me perguntam quando vou publicá-lo.Perseverança é […] o equilíbrio perfeito entre fé e ação. Outros quebram o contato visual e dizem que escrever um livro é uma tarefa muito difícil, e que dificilmente fica bom.

Aos que acreditam em mim, muito obrigada. Infelizmente, não sei quando nem se ele será publicado. É claro que quem escreve um livro pretende publicá-lo, mas isso é uma questão que não depende só de mim. A boa notícia é que deve ficar pronto por Julho! Quanto aos que duvidam, peço humildemente que reconsiderem. Minha perseverança inclui trabalho duro, ler, perquisar, fazer, refazer e “trefazer”. Por mais que todos concordem que é um feito difícil, quem é sábio o suficiente para me julgar incapaz? Na minha opinião – e dificilmente ela será mudada – todo trabalho feito com o coração é um trabalho bem feito. E, se mesmo assim por algum motivo não dê certo, a experiência não é prêmio de consolação, é um prêmio real. Afinal, a prática sempre leva à perfeição ao aprimoramento.

Eu sou uma sonhadora, mas sou uma sonhadora com o pé no chão: não espero enriquecer vendendo livros. Além disso, sei que raramente o primeiro livro que uma pessoa escreve fica realmente bom, mas, acreditem no que digo, a lógica não permite que se escreva o segundo sem escrever o primeiro, e ela não abre todo trabalho feito com o coração é um trabalho bem feitoexceções. Além disso, mesmo que o resultado do meu trabalho seja um livro ruim, ele será o meu livro, e essa é uma grande realização, por si só.

Não por estes motivos, mas por fatores inerentes meus, além da continuação do primeiro livro, eu já tenho a ideia quase pronta de mais duas histórias diferentes, volumes únicos. Escrever leva tempo, por isso as ideias estão na gaveta, mas não pretendo que fiquem lá por muito tempo. Até o final do ano – depois que eu terminar este primeiro livro e tiver entregado meu artigo para concluir a pós-graduação – espero começar a escrever.

Por hora, continuo o que estou fazendo. Passei dez agradáveis dias na praia, onde pude adiantar um pouco a história atual. Escrevi, inclusive, um capítulo recheado de cenas de ação, que ficou muito melhor do que imaginei que ficaria. Surpreendi a mim mesma! Não existe satisfação melhor – e mais difícil de alcançar – do que essa.