Novidades: Mudança, livros, números… e amor felino!

Esse vídeo é uma loucura! Nele, eu falo sobe a mudança que está acontecendo na minha vida e seus diversos desdobramentos. Gravei para os amigos que moram longe e para os leitores que acompanham a Série Crônicas de Myríade. É muita emoção, muita alegria e uma pitadinha de espírito aventureiro. Porque a vida é mais divertida quando a gente se arrisca em novas jornadas! 😉

Perguntas que eu respondo no vídeo: “Quando será publicado o próximo livro?” / “Quem é responsável pelas etapas de publicação atualmente?” / “Os livros continuarão à venda?” / “Quem são os maiores incentivadores do seu trabalho?” / “Quantos livros você já vendeu? E e-books?” / “Em quais países seus e-books estão?” / “Pode me dar uma dica sobre como ir morar fora do país?” / “O que você vai fazer com a sua gatinha, a Alice?” / “Você está escrevendo algum outro livro, além da Série Crônicas de Myríade?” / “Quanto você já escreveu de Fração de Segundo?” / “Como você organiza as suas ideias antes de começar a escrever o livro?” / “Você vai gravar mais vídeos?”

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O bazar de livros novos (os de minha autoria) e usados (os da minha estante) você encontra aqui: [link]

Saiu até no jornal! [link]

Comentário final:
Sim, eu falo com a minha gata. Eu sou uma tia louca dos gatos.

Caderno personalizado passo-a-passo

Este post veio direto do Túnel do Tempo!!
Não consigo lembrar o porquê de ele estar apenas como rascunho, então decidi republicá-lo!

Originalmente postado em 12 de maio de 2010.

Adoro o Luís Brüeh, ele me completa. Pensando nisso, decidi fazer dois sketchbooks (caderninhos de esboço) que também se completassem, dar um de presente para ele e ficar com o outro. Fotografei todos os estágios de criação e agora vou mostrar o passo a passo, com os materiais utilizados e o valor gasto.

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Um casal de namorados

Pra falar a verdade, não é “um” casal de namorados, mas “o” casal de namorados. Eu, como todo bom ser humano, egocêntrico que é, também não poderia deixar de me desenhar de vez em quando!

Nestes cinco anos de namoro, já desenhei nós dois juntos diversas vezes, de variadas formas. Veja alguns dos desenhos:

Julho/2008

Este eu desenhei à mão, finalizei com caneta nanquim, digitalizei e colori no Photoshop. Um desenho à tõa, que acabou virando um ótimo presente de dia dos namorados! Fiz um sketchbook, com este desenho impresso na capa e dei para o Luís. Ele adorou!

Maio/2010

Este já foi premeditado! O sucesso do primeiro sketchbook foi tanto, que o Luís insistiu pra que eu fizesse mais um. Dessa vez, fiz um pra ele e um para mim. A ideia foi a seguinte: dois cadernos com uma única imagem de nós dois que, assim como nós próprios, só fica completa quando estamos juntos!

Este eu desenhei à mão, finalizei com caneta nanquim, colori com aquarela. Depois, digitalizei e inseri uma imagem no fundo.

Agosto/2010

Este eu desenhei à mão e logo digitalizei. No Ilustrator, redesenhei tudo de novo, por cima, em vetor. Por fim, colori no próprio Ilustrator. Este nós usamos nos nossos cartões de visita!

É isso! Aguarde novos desenhos desse casal.

Angélica

Angélica

(por Karen Soarele)

Parte 1

Ela passou por mim, e eu quis saber quem era. Quem era a responsável por aquele instante infinito, aquela palpitação inesperada. Era um andar de mulher com a leveza de uma criança. Devia ser esperta, decidida, pequena e leve. Seu ritmo expressava preocupação. Seu movimento gerou uma leve brisa, que trouxe um perfume fresco e energizante.

Passou por mim como um furacão, levando embora tudo o que eu pensava, sentia, sonhava. Ficou apenas a lembrança. Esperança, dúvida, ansiedade, silêncio. E eu apenas queria saber: Quem era?

– A Angélica? Ela não é lá aquelas coisas…

Apesar da resposta rude do meu colega, não desanimei. O que importava para ele certamente não importava para mim. Eu queria saber mais sobre a autora daqueles passos firmes e delicados. Élficos. Enigmáticos.

Angélica…

***

Parte 2

Passei a prestar atenção nela. Eu sempre sabia quando ela ia entrar na sala, muito antes dos demais. Podia ouvir seus passos no corredor. Mesmo que estivessem misturados aos passos de uma multidão, eu os reconhecia. Ela podia estar calma, alegre, nervosa ou apressada, não importava. Nem sua emoção conseguia disfarçar seus passos de mim.

Me aproximei aos poucos. No início tive que encarar o silêncio absoluto de quem se sente incomodado, mas com o tempo conquistei sua confiança.

E esperei o momento certo.

Esperei.

Esperei a hora perfeita.

A hora perfeita para colocá-la contra a parede, e dizer-lhe tudo o que eu queria, do jeito que eu queria e nas condições que eu queria. Não disse tudo o que eu sentia, certamente, pois iria assustá-la, mas disse tudo o que eu queria.

Então senti o ruborizar da pele quente de seu rosto. Apesar de não tocá-lo, eu podia sentir. Seu coração batia acelerado, e eu não precisava vê-la para saber para onde ela olhava. Olhava diretamente nos meus olhos, apesar de estar tímida. A reação que eu pedia.

Era uma mistura de medo, timidez e ansiedade em experimentar algo novo. E eu não hesitei. Fiz o que tinha de fazer. Toquei seus lábios com os meus, pela primeira vez.

***

Parte 3

O tempo passou, e ela permitiu que eu me aproximasse ainda mais. Após um lento início, ela abriu seu coração, e passou a depender de mim, e eu dela.

Ela não sabia, mas eu sabia me virar sozinho. Mas jamais diria isso a ela. Gostava que ela me ajudasse em tudo o que eu fazia. Sempre prestativa e proativa, orgulhava-se disso.

E o tempo passou.

E passou mais um pouco.

Nossas vidas seguiam um rumo único, e éramos felizes. Ela se tornou uma grande mulher, como tinha de ser. Eu fiz o que era possível para acompanhá-la em cada passo, e ela valorizava isso.

Até que cheguei ao ponto mais marcante de minha vida. Aquele que mudaria tudo. Aquele que me fez dividir minha vida em antes e depois. Havia muito tempo que eu não pensava nessa possibilidade, e quando ela bateu à minha porta, me senti ansioso e indefeso.

Mas ela estava lá, minha amada Angélica. Pronta para ser útil, pronta para me ajudar em tudo o que eu precisasse. Mais uma vez senti, com emoção, seus passos ao meu lado. Sempre contraditórios, eles se dividiam em decididos e vacilantes. Mas ela segurava minha mão, como se tentasse me passar toda a coragem de que dispunha, enquanto minha maca era guiada por mãos e passos mecânicos e sem emoção alguma.

Até que uma porta nos separou, e em seguida adormeci.

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Sono sem sonhos. Foi como se eu tivesse apenas mudado o canal da TV. Após um segundo de silêncio, já havia me teleportado para um canal completamente diferente. Estava novamente na cama. Inconscientemente mexi os dedos, e foi suficiente para ouvir ao meu lado um pulo de alegria. Era ela. Eu não sabia há quanto tempo me esperava, mas não ousei perguntar.

Desenrolei a venda. E tive a experiência mais extraordinária de toda minha vida. Olhei em volta, para aquele ambiente claro. Olhei para ela. Angélica. Pessoa maravilhosa, companheira para todos os momentos. Agora eu sabia: Ela era também a mulher mais linda, maravilhosa, perfeita… que eu já tinha visto em toda a minha vida.

E com certeza eu jamais veria cena mais emocionante, mais bonita, do que aquela sua expressão que misturava alegria e preocupação, e seus olhos azuis fixos nos meus.

Nos abraçamos forte, e choramos lágrimas confusas. Lágrimas de alívio, alegria, emoção.

Mas sobretudo, lágrimas de amor.

*

Agora que você terminou de ler, me diga:
O que você entendeu deste meu conto?